segunda-feira, 16 de julho de 2012

Arlindo Teixeira: Uma experiência para continuar mudando


O candidato a vereador do Recife Arlindo Teixeira (PT), é Delegado de Polícia e professor universitário. Atualmente, é secretário de administração de Igarassu.

Com uma vasta experiência na área de segurança pública, Teixeira vem com o objetivo de transformar o Recife em uma cidade segura, seu lema "CIDADE SEGURA MELHORA A VIDA DOS RECIFENSES", é bastante sugestivo as suas proposta de campanha.



-  Recuperar e criar espaços de convivência – a exemplo de praças, campos, quadras, telecentros de inclusão digital, bibliotecas e pontos de leitura comunitários, de clubes, cinemas e teatros de bairro.

-  Iluminar os logradouros e urbanizar as vias, permitindo acesso de pessoas e veículos em geral – notadamente de viaturas oficiais de segurança, saúde e limpeza pública – para que os delinquentes se sintam fragilizados na ocupação de territórios vulneráveis e os cidadãos e cidadãs, mais seguros.
DROGAS
ENFRENTAMENTO ÀS DROGAS E PROTEÇÃO INTEGRAL AOS DEPENDENTES
Lutaremos por ações de enfrentamento ao problema das drogas em nossa cidade, em especial ao crack.
Projetos:
-  Ampliar o tratamento aos dependentes, através de Centro de Atenção Psicossocial – CAPS 24 horas, com prevenção, acolhimento e reinserção social.
-  Criar o Grupamento Especializado da Guarda Municipal, devidamente treinado, em apoio à Polícia Militar, para agir nas praças, espaços de maior vulnerabilidade ao tráfico e consumo de drogas.
-  Recuperar as praças com iluminação e espaços para o desenvolvimento de atividades recreativas, esportivas e culturais.

Humberto Costa, João Paulo e Arlindo Teixeira

Arlindo Teixeira na Convenção Municipal do PT

sábado, 7 de julho de 2012

Após 52 dias, greve de professores ainda não tem previsão de término


Não há data para a reunião de negociação com docentes das federais.
Desde 11 de junho, servidores das instituições também estão em greve.


A mobilização nacional de professores das instituições federais de ensino pela reestruturação da carreira docente completa 52 dias neste sábado (7) e ainda não tem previsão para chegar ao fim. De acordo com as entidades que representam a categoria, desde 17 de maio já aderiram à paralisação, parcial ou totalmente, professores de 56 das 59 universidades federais, 34 dos 38 institutos, além dos dois centros de educação tecnológica (Cefets) e do Colégio Federal Pedro II (veja lista ao final desta reportagem).
Manifestações de professores, servidores técnicos e estudantes das instituições federais em São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e no Distrito Federal (Foto: G1)Manifestações de professores, servidores técnicos e estudantes das instituições federais em São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e no Distrito Federal (Foto: G1)

ENTENDA A GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS
PROFESSORESSERVIDORES
Desde 17 de maio, professores das instituições federais fazem um movimento de greve nacional que já atingiu 95% da categoria, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).A paralisação nacional dos servidores teve início em 11 de junho e, segundo a última atualização dos sindicatos, pelo menos 90% dos institutos federais tinham servidores parados, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES
- Criação de uma carreira única, com a incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios- Aumento do piso salarial em 22,8% com a correção das pendêncais da carreira desde 2007 (atualmente, ele é de R$ 1.304)
- Variação de 5% entre níveis a partir do piso, para o regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35)- Devolução do vencimento básico complementar absorvido na mudança na Lei da Carreira, de 2005
- Percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho- Reposicionamento dos servidores aposentados
O QUE DIZ O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
O MEC afirma que que quem define a agenda de negociação é o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). O Ministério da Educação está com uma proposta de plano de carreira pronta, para apresentar na próxima reunião agendada pelo MPOG – basicamente priorizando a dedicação exclusiva e titulação docente.
Em 28 de junho, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão afirmou, por meio de sua assessoria, que a reunião com as entidades que representam a categoria dos docentes, agendada para o dia 19, deveria acontecer na primeira semana de julho, mas ainda sem data confirmada. Porém, ela não aconteceu. Ainda, de acordo com o Ministério, até a noite de sexta-feira (6), não havia nenhum outro encontro agendado. 
A categoria dos docentes pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Servidores técnico-administrativos
Os servidores das instituições federais entraram em greve em 11 de junho. Segundo os sindicatos, atualmente todas as 59 universidades estão em greve parcial ou total, além do Colégio Pedro II, dos Cefets e de 36 institutos em 24 estados.
As principais reivindicações da categoria são o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. Os servidores fizeram uma greve de quase quatro meses no ano passado, mas não houve negociação com o governo e a paralisação foi encerrada.
Sisu
Mais de 40 instituições federais que participam do processo seletivo do segundo semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) têm servidores técnico-administrativos em greve parcial ou total durante o período de matrículas dos aprovados na primeira chamada do sistema do Ministério da Educação, que vai até a segunda-feira (9).
Segundo levantamento feito pelo G1, na maioria delas, as matrículas estão sendo realizadas graças ao remanejamento de servidores que não aderiram à greve e estão cumprindo as tarefas consideradas essenciais, entre elas, a matrícula do Sisu.
Em nota divulgada na quinta-feira (5), o MEC informou que todas as 21 universidades e 27 institutos federais, além das oito universidades estaduais, estão recebendo normalmente as matrículas. Segundo o ministério, as federais do Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão, Ceará, Semi-Árido (Mossoró), Lavras, Recôncavo Baiano e o Instituto Federal do Ceará estão recebendo matrículas on-line, via internet. Os estudantes podem utilizar o telefone 0800-616161 para obter informações e esclarecer dúvidas.
Veja abaixo a lista de universidades, institutos e centros federais que têm professores e servidores parados parcial ou totalmente. Os dados sobre professores foram atualizados pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) no dia 28 de junho. Já as informações sobre servidores de universidades foi atualizada pelo comando de greve da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) na sexta-feira (6).
VEJA AS INSTITUIÇÕES QUE ESTÃO COM PROFESSORES E/OU SERVIDORES EM GREVE (dados de 28/06)
GREVE DE PROFESSORESGREVE DE SERVIDORES
Nas universidades:
1. Universidade Federal do Amazonas
2. Universidade Federal de Roraima
3. Universidade Federal Rural da Amazônia
4. Universidade Federal do Pará
5. Universidade Federal do Oeste do Pará
6. Universidade Federal do Amapá
7. Universidade Federal do Maranhão
8. Universidade Federal do Piauí
9. Universidade Federal Rural do Semi-Árido
10. Universidade Federal da Paraíba
11. Universidade Federal de Campina Grande
12. Universidade Federal Rural de Pernambuco
13. Universidade Federal de Alagoas
14. Universidade Federal de Sergipe
15. Universidade Federal do Triângulo Mineiro
16. Universidade Federal de Uberlândia
17. Universidade Federal de Viçosa
18. Universidade Federal de Lavras
19. Universidade Federal de Ouro Preto
20. Universidade Federal de São João Del Rey
21. Universidade Federal do Espírito Santo
22. Universidade Federal do Paraná
23. Universidade Federal do Rio Grande
24. Universidade Federal do Mato Grosso
25. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
26. Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri
27. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
28. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
29. Universidade Federal Luso-Brasileira
30. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
31. Universidade do Vale do São Francisco
32. Universidade Federal de Goiás (Goiânia, Cidade de Goiás, Catalão e Jataí)
33. Universidade Federal de Pernambuco
34. Universidade Federal do Acre
35. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
36. Universidade Federal do Rondônia
37. Universidade de Brasília
38. Universidade Federal de Juiz de Fora
39. Universidade Federal de Pelotas
40. Universidade Federal do Pampa
41. Universidade Federal de Alfenas
42. Universidade Federal Fluminense
43. Universidade Federal do Rio de Janeiro
44. Universidade Federal de São Paulo
45. Universidade Federal de Grande Dourados
46. Universidade Federal de Santa Maria
47. Universidade Federal do Tocantins
48. Universidade Federal da Bahia
49. Universidade de Integração Latino Americana
50. Universidade Federal do ABC
51. Universidade Federal do Ceará
52. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Campus Três Lagoas)
53. Universidade Federal de São Carlos
54. Universidade Federal de Minas Gerais
55. Universidade Federal da Fronteira Sul
56. Universidade Federal de Santa Catarina*

Nos institutos e centros:

1. Instituto Federal de Alagoas
2. Instituto Federal do Amazonas
3. Instituto Federal da Bahia
4. Instituto Federal Baiano
5. Instituto Federal do Ceará
6. Instituto Federal de Brasília
7. Instituto Federal do Espírito Santo
8. Instituto Federal de Goiás
9. Instituto Federal Goiano
10. Instituto Federal do Mato Grosso
11. Instituto Federal do Mato Grosso do Sul
12. Instituto Federal de Minas Gerais
13. Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
14. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
15. Instituto Federal do Sul de Minas Gerais
16. Instituto Federal do Triângulo Mineiro
17. Instituto Federal do Pará
18. Instituto Federal da Paraíba
19. Instituto Federal do Paraná
20. Instituto Federal do Piauí
21. Instituto Federal de Pernambuco
22. Instituto Federal do Sertão Pernambucano
23. Instituto Federal do Rio de Janeiro
24. Instituto Federal Fluminense
25. Instituto Federal de Rondônia
26. Instituto Federal do Rio Grande do Norte
27. Instituto Federal Farroupilha
28. Instituto Federal do Rio Grande do Sul
29. Instituto Federal do Sul
30. Instituto Federal de Santa Catarina
31. Instituto Federal Catarinense
32. Instituto Federal de São Paulo
33. Instituto Federal de Sergipe
34. Instituto Federal do Tocantins
35. Colégio Pedro II
36. Centro Federal de Educaçã Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ)
37. Centro Federal de Educaçã Tecnológica de Minas Gerais
Nas universidades:1. Universidade Federal do Amazonas
2. Universidade Federal de Roraima
3. Universidade Federal Rural da Amazônia
4. Universidade Federal do Pará
5. Universidade Federal do Oeste do Pará
6. Universidade Federal do Amapá
7. Universidade Federal do Maranhão
8. Universidade Federal do Piauí
9. Universidade Federal Rural do Semi-Árido
10. Universidade Federal da Paraíba
11. Universidade Federal de Campina Grande
12. Universidade Federal Rural de Pernambuco
13. Universidade Federal de Alagoas
14. Universidade Federal de Sergipe
15. Universidade Federal do Triângulo Mineiro
16. Universidade Federal de Uberlândia
17. Universidade Federal de Viçosa
18. Universidade Federal de Lavras
19. Universidade Federal de Ouro Preto
20. Universidade Federal de São João Del Rey
21. Universidade Federal do Espírito Santo
22. Universidade Federal do Paraná
23. Universidade Federal do Rio Grande
24. Universidade Federal do Mato Grosso
25. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
26. Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri
27. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
28. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
29. Universidade Federal Luso-Brasileira
30. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
31. Universidade do Vale do São Francisco
32. Universidade Federal de Goiás (Goiânia, Cidade de Goiás, Catalão e Jataí)
33. Universidade Federal de Pernambuco
34. Universidade Federal do Acre
35. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
36. Universidade Federal do Rondônia
37. Universidade de Brasília
38. Universidade Federal de Juiz de Fora
39. Universidade Federal de Pelotas
40. Universidade Federal do Pampa
41. Universidade Federal de Alfenas
42. Universidade Federal Fluminense
43. Universidade Federal do Rio de Janeiro
44. Universidade Federal de São Paulo
45. Universidade Federal de Grande Dourados
46. Universidade Federal de Santa Maria
47. Universidade Federal do Tocantins
48. Universidade Federal da Bahia
49. Universidade de Integração Latino Americana
50. Universidade Federal do ABC
51. Universidade Federal do Ceará
52. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Campus Três Lagoas)
53. Universidade Federal de São Carlos
54. Universidade Federal de Minas Gerais
55. Universidade Federal da Fronteira Sul
56. Universidade Federal de Santa Catarina
57. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
58. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
59. Universidade Federal de Itajubá

Nos institutos federais*:

1. Instituto Federal de Alagoas
2. Instituto Federal do Amazonas
3. Instituto Federal da Bahia
4. Instituto Federal Baiano
5. Instituto Federal do Ceará
6. Instituto Federal de Brasília
7. Instituto Federal do Espírito Santo
8. Instituto Federal de Goiás
9. Instituto Federal Goiano
10. Instituto Federal do Mato Grosso
11. Instituto Federal do Mato Grosso do Sul
12. Instituto Federal de Minas Gerais
13. Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
14. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
15. Instituto Federal do Sul de Minas Gerais
16. Instituto Federal do Triângulo Mineiro
17. Instituto Federal do Pará
18. Instituto Federal da Paraíba
19. Instituto Federal do Paraná
20. Instituto Federal do Piauí
21. Instituto Federal de Pernambuco
22. Instituto Federal do Sertão Pernambucano
23. Instituto Federal do Rio de Janeiro
24. Instituto Federal Fluminense
25. Instituto Federal de Rondônia
26. Instituto Federal do Rio Grande do Norte
27. Instituto Federal Farroupilha
28. Instituto Federal do Rio Grande do Sul
29. Instituto Federal do Sul
30. Instituto Federal de Santa Catarina
31. Instituto Federal Catarinense
32. Instituto Federal de São Paulo
33. Instituto Federal de Sergipe
34. Instituto Federal do Tocantins
35. Colégio Pedro II
36. Centro Federal de Educaçã Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ)
37. Centro Federal de Educaçã Tecnológica de Minas Gerais

Fonte: Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe)
*De acordo com o Andes, a greve na UFSC é parcial, mas a entidade não soube precisar a porcentagem de professores parados. Parte dos docentes da UFSC é ligada à Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes)
Fonte: Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cientistas descobrem partícula subatômica inédita


Experiências apontam que essa pode ser a chamada 'partícula de Deus'.
Novas pesquisas são necessárias para afirmar que este é o bóson de Higgs.

Fonte: G1

Info busca bóson de Higgs VALE ESTE (Foto: arte/G1)
Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (4) a observação de uma partícula subatômica inédita até então. Eles veem fortes indícios de que se trate do “bóson de Higgs”, a “partícula de Deus”, única partícula prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das últimas décadas.
Pela teoria, o bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas. Se sua existência for confirmada, portanto, é um passo importante da ciência na compreensão da origem do Universo. Se ele não existisse, a teoria vigente deixaria de fazer sentido, e seria preciso elaborar novos modelos para substituí-la.
“Eu não tenho muita dúvida de que, na física de partículas, é o evento mais importante dos últimos 30 anos”, afirmou Sérgio Novaes, pesquisador da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), que faz parte da colaboração CMS. "Eu acho que é um momento histórico que a gente está vivendo", completou.
Apesar do grande impacto na física teórica, a descoberta ainda não representa um avanço direcionado a nenhum campo específico da tecnologia.
'Partícula de Deus'
O “bóson de Higgs” ganhou o apelido de “partícula de Deus” em 1993, depois que o físico Leon Lederman, ganhador do Nobel de 1988, publicou o livro “The God Particle” (literalmente “a partícula de Deus”, em inglês), voltado a explicar toda a teoria em volta do bóson de Higgs para o público leigo. Ainda não há edição desse livro em português.
A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza que se trate da “partícula de Deus”. Para isso, eles vão coletar novos dados para observar se a partícula se comporta com as características esperadas do bóson de Higgs.
Maior máquina do mundo
O anúncio foi feito em Genebra, na Suíça, sede do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês). As conclusões foram baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern ao longo de 27 quilômetros debaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça.
Essa máquina, considerada a mais poderosa do mundo, foi construída especificamente para estudos de física de partículas, e a descoberta desta quarta é a mais importante que já foi feita lá até o momento.
Dois resultados, uma conclusão
A descoberta foi confirmada por especialistas do CMS e do Atlas, dois grupos de pesquisa independentes que fazem uso do LHC. Apesar de usarem o mesmo acelerador de partículas, as duas colaborações científicas trabalham com detectores diferentes e seus resultados são paralelos. Os resultados antecipados hoje ainda serão publicados em revistas científicas.
Os cientistas medem a massa das partículas como se fosse energia. Isso porque toda massa tem uma equivalência em energia. Se você calcula uma, tem o valor das duas. A unidade de medida usada é o gigaelétron-volt, ou "GeV".
No anúncio, o CMS disse que observou um “novo bóson com a massa de 125,3 GeV” – com margem de erro de 0,6 GeV para mais ou para menos – “em 4,9 sigmas de significância”. Esses “sigmas” medem a probabilidade dos resultados obtidos. O valor de 4,9 sigmas representa uma chance menor que um em 1 milhão de que os resultados sejam mera coincidência. Por isso, os cientistas consideram esse número como uma confirmação da descoberta.
Paralelamente, o grupo Atlas afirmou que “exclui a não-existência de uma partícula com a massa de 126,5 GeV, com a probabilidade de 5 sigmas”. A pequena diferença entre os números dos dois grupos -- de 125,3 GeV para 126,5 GeV -- não é considerada significativa pelos físicos.
Em 2011, pesquisadores dos dois grupos de pesquisa do Cern já haviam “encurralado” o bóson de Higgs, quando identificaram a faixa em que encontrariam a partícula – a massa estaria entre 115 GeV e 130 GeV.
Na última segunda, pesquisadores norte-americanos também tinham encontrado “forte evidência” da existência da partícula, em experiências com um acelerador próprio, o Tevatron.


Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)
Decaimento
Um dos motivos pelos quais é tão difícil detectar o bóson de Higgs é a sua instabilidade. Essa partícula dura muito pouco tempo e rapidamente se transforma – decai, no jargão científico – em outras. Para encontrar a nova partícula anunciada nesta quarta, eles estudaram o resultado destes decaimentos.
Tanto o CMS quanto Atlas concentraram seus esforços em duas partículas específicas: os fótons, que é como a luz se manifesta, e os bósons Z, que medeiam a chamada força fraca. O resultado foi suficiente para identificar a existência de uma partícula inédita, mas não para caracterizá-la em detalhes.
Para confirmar se o bóson descoberto é mesmo a “partícula de Deus”, será necessário estudar a fundo os decaimentos. O Modelo Padrão – conjunto de teorias mais aceito para explicar as interações da natureza e as partículas fundamentais que constituem a matéria – prevê o decaimento do bóson de Higgs em diferentes partículas, cada uma em determinada quantidade.
O próximo passo dos cientistas é testar os vários decaimentos decorrentes dessa partícula. Se os resultados continuarem sendo coerentes com o Modelo Padrão, será confirmado que ela é mesmo o bóson de Higgs.
Caso haja divergências, pode ser que explicações teóricas alternativas sejam adotadas. Já existe uma, chamada de supersimetria, que faz adendos ao Modelo Padrão e prevê a existência de vários bósons de Higgs com pequenas divergências entre si. Enquanto estas experiências não mostrarem resultados, é impossível afirmar qual dos modelos se adéqua melhor à natureza.
Representação gráfica de colisão de prótons realizada no LHC (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)Representação gráfica de colisão de prótons realizada no LHC (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

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